terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O tempo pára.

Agora mesmo, estava a mil por hora. Agora, nada me impede de fazer o que eu quiser. Mas a questão é que eu não quero fazer mais nada, eu não quero ser mais nada, quero ficar aqui, só, sem barulho, sem movimento. Entrei em pane. Clarice anda dentro dela, de um lado pro outro. Eu não, eu parei.
Parei e estou chorando, como se eu tivesse perdido tudo o que um dia fez sentido pra mim. Fez! Não faz mais! É tão complicado assim? É tão impossível assim?
Não adianta lançar ao léu palavras que, uma vez ditas, serão sempre lembradas.
A gente não apaga aquilo que diz. Não tem borracha pra isso. 
E dói lembrar. Também dói quando se fala disso de novo. Porque daí a gente só tá cutucando a casquinha da ferida. 
Chorar comprova pelo menos, que existiu alguma coisa. Ou então, nesse exato segundo, que não existe mais nada.



"Temos o direito de fazer promessas de amor que nunca serão cumpridas. Não há graça nenhuma em falar somente aquilo que se pode fazer." (Fabricio Carpinejar)

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